segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FÁBULA

De intenção pedagógica, tem por objetivo transmitir  noções de moral e ética. Suas personagens geralmente são animais, a estrutura é simples e tem curta duração. Quando as personbagens são objetos inanimados, a fábula recebe o nome especial de APÓLOGO. Esse modo narrativo originou-se na GRÉCIA e perdura até hoje.
Seu criador foi um escravo chamado ESOPO, que usava essa alegoria para denunciar a opressão sofrida pelo trabalhador, mas sem ir de encontro com o senhor dos escravos.



O Avarento
Autor: Esopo[1]


Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim. E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até o ponto, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá. Ele fez tantas viagens ao local que um Ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o Avarento estava escondendo, veio uma noite, e sorrateiramente desenterrou o tesouro levando-o consigo.

Quando o Avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. Ele gemia e chorava enquanto puxava seus cabelos.

Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera.

"Meu ouro! Todo meu ouro!" chorava inconsolável o avarento, "alguém o roubou de mim!"
"Seu ouro! Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?"

"Comprar!" exclamou furioso o Avarento. "Você não sabe o que diz! Ora, eu jamais usaria aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer!"

Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio.

"Se é esse o caso," ele disse, "enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu!"

Moral: Uma coisa ou posse só tem valor quando dela fazemos uso.

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