quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

EDUCAÇÃO É OBSOLETO!

NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO

NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES.

AFINAL....

PARA QUE PRETENDER SER UM PAÍS DE 1° MUNDO SE ASSIM ESTÁ BOM?
Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês.

"Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE!!!! QUAL O LIVRO QUE ELE JÁ LEU?

Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...COMO DIZEM OS GAUCHOS:
- TCHÊ... QUE TAL?

TRADUZINDO, O SALÁRIO DO PALHAÇO AÍ, PAGA 30 PROFESSORES E, PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATEM O TIRIRICA PARA DAR AULAS PARA SEU FILHO.

Um funcionário da Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de professor iniciante, levando em consideração para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...
Moral da História:
Os professores ganham pouco porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como:
ler, escrever e pensar.
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação Física: Futebol
- Música: Sertaneja, Pagode, Axé
- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
Biografia dos Heróis do Big Brother
Evolução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Português e Literatura:
??????????????????????? Para quê??????????? ???????????
- Biologia, Física e Química:
Excluídas por excesso de complexidade

Olha o absurdo no Rio de Janeiro (que não é diferente no resto do Brasil)
BOPE R$ 2.260,00........................ para Arriscar a vida;
BombeiroR$ 960,00.....................para Salvar vidas;
ProfessorR$ 728,00.....................para Preparar para a vida;
MédicoR$ 1.260,00.......................para Manter a vida;
E o Deputado Federal?
Ganha R$ 26.700,00 para FERRAR a vida de todo mundo!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O tempo é inexorável!!! COMENTEM.

Fases de um Professor

Professor em início de Carreira...

— Não fez a Lição?
— Deixa que eu faço para você!


Professor há 1 ano na Carreira...


— Não fez a Lição?
— Não faz mal depois vc termina!


Professor à 10 anos na Carreira...


— Não fez a lição?
— SENTA e termina logo essa ...!


Professor à 10 anos de se Aposentar...


— Professora Eu fiz a Lição!
— Eu te perguntei alguma coisa seu Lazareeento do... !!!

já na tolerância Zero



Recém formada

Pegou 20 aulas e está louca para ampliar sua carga.
É uma gatinha cheia de sonhos e toda feliz, falam muito e está sempre contando as novidades.
Nos primeiros dias de trabalho tudo é maravilhoso!


Depois de 3 anos
...


Está trabalhando em jornada ampliada.
Já acompanha os movimentos do dia a dia cheia de novas ideias,

tem planos para seu trabalho, anda um pouco agitada com tanta expectativa
.

Depois de 6 anos...



Sua agitação aumentou um pouco, suas amigas e a direção estão percebendo. Já vira noite e dia tentando se encaixar na profissão.. Não sabe o que fazer com a turma de aceleração...e só falta plantar bananeira pra aumentar a nota do IDEB.


Depois de 10 anos...


Engordou um pouco... culpa dos antidepressivos, motivo: stress; -alunos, pais de alunos, direção, coordenação, supervisão, SER ,filhos, marido ganhando pouco, trabalha longe de casa , ufa!!!!


Depois de 15 anos...



Com muita sorte já está trabalhando perto de casa.
Mudou todo o guarda-roupa, para se adaptar a nova silhueta.
Mas tá feliz, come em casa e tem um caderno já pronto
para o início do ano, é só segui-lo...
Tem ainda uma dorzinha de cabeça, a garganta já era...,
se esqueceu o significado de 'bom dia',
se sente como se tivesse acabado de cair da cama...



Depois de 20 anos ...



Tem depressão regularmente. Não reconhece a rua onde mora, enxerga pouco; escuta pouco; dorme pouco; fala pouco; caga pouco; a única coisa que tem muito são dívidas....
Está ficando completamente maluca!!!!
E vê se pode ........ já quer

A
posentar!!!!!!!!!!!!!!!!!













--

AS PÉROLAS DO ENEM 2011




PENSOU QUE ESSE ANO NÃO TINHA?! DEMOROU MAS CHEGOU: AS PÉROLAS DO ENEM
"O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba".
· (Vende-se máquina de escrever faltando algumas letras.)
· "Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos".
· (Esse aí deve comer capim.)
· "Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana".
· (“Sarneamento” deve ser o conjunto de medidas adotadas por Sarney no Maranhão. Quer dizer, eu “axo”, mas não me “pré-ocupo” muito.)
· "Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia".
· (Não, besta, foi o avô dele.)
· "O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro".
· (Demorou o "céculo" inteiro pra fazer a mudança.)
· "A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje".
· (Esqueceu a História em Quadrinhos.)
· "Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam".
· (Mas e se os índios não matassem os mortos????)
· "Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos".
· (Ou era uma "biga" macho que tinha duas "bigas" fêmeas, puxada por um burro?!)
· "No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando".
· (Deve ter sido no tempo em que lá chegaram as primeiras prostitutas.)
· "Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu".
· (Como será que eles pretendiam fazer isso?!)
·
· "A capital da Argentina é Buenos Dias".
· (De dia. À noite chama-se Buenas Noches.)
· "A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão".
· (E a "prinssipal" função do autor deveria ser a mesma. E ainda vivo...)
· "As aves tem na boca um dente chamado bico".
· (Cruz credo.)
· "A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva".
· (hehe. Esse é espirituoso...)
· "Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos".
· (Senão a anta morre.)
· “Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs".
· (E alguns ainda vivem nas "catatumbas".)
· "Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais".
· (Precisa "dezenvolver" o cérebro. Será que egipício é para rimar com estrupício?)
· "O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro".
· (Esse aí não deve ter o tal nervo, ou seu cérebro não seria tão obscuro.)
· "A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos".
· (I will survive.)
· "O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes".
· (Verdade: de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações.)
· "Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas".
· (Juro que eu não li isso.)
· "As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas".
· (Hum... Desconfio que vai ser poeta!)
· "Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central".
· (Procura-se urgente um Atlas Geográfico que venha com um Aurélio junto.)
· As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet".
· (Deve estar falando do CD dos Raimundos.)
· "A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly".
· (Teve a ovelha Katrina, também. Só que ela era meio violenta...)
· "O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar".
· (Foi quando ele veio no papamóvel, lembra?)
· "Hormônios são células sexuais dos homens masculinos".
· (Isso. E nos homens femininos, essas células chamam-se frescurormônios.)
· "Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba".
· (Enquanto praticavam “Tiro ao Álvaro”.)
· "Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente".
· (Indecente: o sol não nasceu pra todos.)
· "A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece?".
Quase chorei. Mas todo mundo deveria esquecer a memória em casa, ao menos um dia: isso é lindo.
Esse é o povo que elege Tiririca!!!!!



                               É preciso vez e voz



     Médicos, doutores, advogados, professores. Independente da profissão abraçada pelas pessoas, todas elas precisam de um profissional competente, o professor. Nenhuma nação terá bases sólidas se não prestigiar o campo da docência. Mas como explicar , então, essa perda de prestígio, essa fragilidade que se apoderou, que adoeceu, que acovardou os professores? Por que a sociedade acredita que eles não precisam de grande formação, que são medíocres?



       Essa chaga começou a se delinear quando profissionais de áreas distintas, que nada têm a ver com a Educação, se acharam no direito de analisar as questões educacionais sem terem conhecimento de causa, desconhecendo a realidade dos fatos. O que é mais intrigante ainda é que um profissional formado na área de docência, uma área específica como a Língua Portuguesa, não pode atuar em um tribunal para defender um acusado perante a lei, mas um advogado que se bacharelou  na área do Direito pode assumir uma sala de aula, ministrar conteúdos específicos e assinar os diários como se fosse algo trivial.



        Quando ocorrem debates sobre a Educação, alguns pedagogos de escrivaninha e pseudo-psicólogos , que têm formação mas não tem experiência, apegam-se às teorias de Piaget e começam a idealizar o sistema perfeito, sem máculas. Isso é bonito nos enredos  de Hollywood, em que um professor assume uma sala de aula problemática e consegue reverter a situação como se fosse algo  banal, fácil. Esses tipos de enredo afirmam, nas entrelinhas, que falta competência às instituições e aos professores. Essa é a verdadeira hipocrisia social. Os docentes nunca são chamados para falar sobre seus anseios, seus sucessos e seus fracassos.



         O problema da educação no Brasil e quiçá em partes do mundo só vai começar a se resolver quando os PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO tiverem vez e voz. Ninguém melhor que eles, que vivem no cotidiano da sala de aula, o paradoxo de ser conselheiro, psicólogo, professor, educador, engenheiro intelectual e sonhador. Só quem experimenta a realidade, pode falar com propriedade sobre o assunto.





                                                  Fernando Augusto D’Ávila (PROFESSOR)

Basta que me olvides




                                                             



                                                                                                                                                                                  Já era madrugada e o sono não chegava. Um incômodo grande fazia com que a cama se tornasse grande e desconfortável. Olhava para o teto. Sentia-se sozinha, embora seu marido estivesse ali, do lado. Ele dormia. Parecia que estava tudo certo, mas para ela a sensação de solidão era tremenda. Por onde andaria aquele amor arrebatador que a fazia perder o fôlego, a sensatez? Havia se perdido pelos labirintos da existência, escapado pelo vão dos dedos como a água teimosa que se derrama em sua sede de liberdade.

     O silêncio da madrugada era seu cúmplice ou seu carrasco? Ao seu lado, o ilusionista dormia o sonho dos anjos. Ou seria o sonho dos demônios? As lágrimas rolavam molhando o travesseiro. Precisava chorar para esvaziar a si mesma, da angústia, do medo, expulsar o desamor de seu coração incrédulo. Acordaria com o rosto todo deformado no dia seguinte, mas não tinha problema. Precisava chorar, era necessário. As lágrimas represadas não combinavam com o deserto que se fazia em seu coração.

     Caminhou até o baú onde estava o resto de sua vida, fragmentado em poemas, cartas e cartões. Acreditava que ali estava sua época de felicidade. Leu um por um. Uma névoa de lembranças  a envolveu e por um momento sorriu distante. Apegada ao passado, queria por tudo, se pudesse, vivê-lo novamente, para voltar ao dia em que ele chegou e disse que não dava mais. Ela implorou para que ele ficasse, não poderia viver com sua ausência. Implorou, pisou em seu orgulho, lançou fora seu amor próprio para que ele ficasse. Com muito pesar, resolveu ficar. Dormiram na mesma cama, mas ela estava sozinha com sua dor e humilhação.

Se pudesse voltar, diria a ele que se fosse. Pudesse naquele instante o futuro se descortinar como uma nuvem de fumaça, como uma névoa que se vai quando chega o Sol com sua exuberância. Se soubesse o que lhe reservaria o futuro, teria chorado tudo de uma vez, morreria aquele dia aquele amor bandido. Mas não,  insistira e agora morria um pouco a cada dia, sufocada pela indiferença e pela insatisfação.  Vivia a frustração de sua abstração.

     Foi até o quarto novamente, olhou para aquele corpo que repousava impassivo, ressonando em seu travesseiro . Vivia um paradoxo, queria a sua ausência, mas não suportava a idéia de vê-lo partindo com suas malas e ela ficando, sozinha. Sentia pena. Por onde ele andaria em sua ausência? Quem lhe daria guarida em suas noites de desamparo e solidão? Ele era um coitado e não ela. Era sim. Ela era forte o bastante para reconstruir a sua vida em outro lugar, outro espaço que fosse só dela. Chorou mais uma vez a despedida antecipada. Ligou o rádio que   tocava a música de Ricky Martin, Talvez. A letra era muito parecida com a sua dor.

     Voltou ao quarto onde estava o guarda-roupa, pegou a sua mala. Dobrou cuidadosamente peça por peça. As lágrimas caiam, mas estava decidida. Ele não poderia deixá-la, mas ela poderia abandoná-lo. Haveria de reconstruir a vida em algum lugar, longe, onde não houvesse a possibilidade de encontrá-lo novamente. Não queria mais respirar o mesmo ar daquele amor que a envenenava e lhe despertava o deserto de sua vida. Não pegou muita coisa, apenas o necessário para partir.

    Foi ao quarto, olhou mais uma vez o corpo do companheiro na penumbra, simulou um beijo saudoso e partiu rapidamente para não correr o risco de desistir mais uma vez.

    Não deixou nenhum bilhete, nenhuma explicação. Partiu como quem morre de repente. Saiu pela rua deserta, a brisa da madrugada a beijar-lhe o rosto. Olhou com amor para aquela rua que tantas vezes testemunhara a sua solidão. Guardou cada pedaço dentro de si. Virou a esquina e definitivamente deixou o sofrimento para trás. Chamou o táxi. Partiu, para a vida.








 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012



                     O ser humano perde muito tempo sendo infeliz, remói muito as dores, procura muito os culpados.  A vida é breve e perder tempo é crime.

Piracema de palavras







Corre dentro de mim um rio caudaloso de palavras, que salta como os peixes na época da piracema... barulhentas, apressadas, como crianças que correm no primeiro dia de aula para pegar o melhor lugar na classe.
E eu, como todo pequeno escritor, aprisiono-as dentro de meu peito, deliciando-me pela revolução que elas causam em mim... gritando, querendo verbalizar aquilo que ainda n'ao est[a pronto. Mas n'ao me irrito com elas, tal como um pai carinhoso entendo sua pressa e procuro acalma-las. As ideias aparecem-me, imploram-me pela liberdade de expressão, porém mantenho-as encurraladas um pouco mais para sentir o prazer de ser o seu libertador.
Então, como senhor, senhorio, dou vazão a uma profusão de sentimentos que, traduzidos pelas letras que se juntam ao leve toque de meus dedos as teclas do computador, liberta o que antes era só pensamento.
E esse rio dentro de mim cria ambientes novos, brinca com as situações e alaga com grande sabedoria o terreno árido e outrora morto.

Fernando Davila


NÃO SE ENTREGUE






Vi a tristeza pela janela de seus olhos
Uma dor, uma ausência , uma saudade.
Vi a sua alma na penumbra, solitária
Contrastando com as luzes da cidade.

Na ausência do calor de seu sorriso,
Nas suas retinas mirando o infinito.
Nas portas entreabertas de sua alma
Quase percebi um mudo grito.

O triunfo na odisseia de viver
consiste em persistir um pouco ainda.
Uma Diva de sua espécie é coisa rara
Não desista, pois a vida não é finda.

Se o Sol hoje se esconde entre as nuvens da tristeza
se as lágrimas te impedem de contemplar a imensidão.
Não se entregue, não desista, solte o grito da garganta
Tudo é possível ao que crê, basta ter opinião.

Fernando Davila







Sem escolhas


Aproveito a oportunidade para perguntar a você: Escolheu filho de quem queria nascer?
Foi-lhe perguntado se queria ser brasileiro? Estrangeiro? Francês, japonês ou javanês?
Perguntaram se queria ser homem ou mulher?
Foi-lhe inquirido acerca de seu nome?
Benedito, João, Inácia ou Ivone?
Pediram-lhe sugestão sobre a cor de sua pele?
A testura do cabelo, se liso, crespo ou ondulado?
O formato de seu rosto, redondo ou quadrado?
Seu olho claro ou escuro, verdadeiro ou dissimulado?
Não, ninguém pôde escolher. Isso nos foi imposto, empurrado, decidido e acabado.
As coisas anteriores ninguém pôde questionar.
Mas você pode escolher,
Entre ser feliz e sofrer.
Você pode escolher seus amigos, seus relacionamentos,
Com quem vai repartir seus momentos.
Escolha pela sua preferência: cor de pele, dos olhos, cabelos.
Se sorridente ou lisonjeiro
se déspota ou cavalheiro. É você quem decide.
Só há uma coisa que quero lhe sugerir:
Independente se é Antônio, Eduardo ou Beatriz:
Não abra a mão de ser feliz.


http://www.aceav.pt/blogs/teresalemos/Lists/Fotografias/amor21.jpg

Fernando Davila

Amor em desalinho


Cada vez que você sai eu penso que é pra sempre.
Desfaleço, quase enlouqueço,
fico um trapo.
Sua ausência me perturba,
tripudia, me tortura.
Entro e saio, bato a porta
pego o carro.
Choro pelas coisas que nos fizemos, pelas mágoas tatuadas,
pelo silêncio quebrado,
pelas lembranças guardadas.
Em meu rosto, as marcas da falta que você me faz.
Rancoroso faço sua mala,
arrumo suas coisas, digo que dessa vez é pra valer,
tem que ser.
Mas guando  vejo seu vulto no portão,
sua silhueta no vidro da porta,
meu peito grita enlouquecido,
o que você fez já não importa
não precisa pedir perdão, eu já tinha até esquecido
e me pergunto em desalinho o que foi que você me fez?
Eu já nem sei.

Fernando Davila

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

É preciso voar acima dos problemas





Sobre as águias aprendi que elas vivem até os 70 anos, mas que aos 50 já saem de cena. O bico fica endurecido, as unhas perdem sua função de garras e as penas envelhecidas dificultam nos voos rasantes. Então, retiradas no cume das mais altas montanhas, começam um ritual de autoflagelação.
Destroem o bico envelhecido para que possa nascer um novo e assim sucessivamente. Após essa parada no pit stop da vida, voltam à ativa até perderem a partida contra o tempo, que é o senhor absoluto de todas as coisas.
Quando minha amiga relatou-me esse fato, pensei que o ser humano muito poderia aprender com a natureza. Mas como o homem pode refugiar-se dentro de si mesmo? Poderia esconder-se nos labirintos de suas fraquezas, medos e ansiedades? A incerteza é um grande cânion dentro de cada ser, seus paredões amedrontam. Por vezes é possível enxergar além do abismo das dificuldades. Uma tênue luz de esperança parece nos acenar com seus dedos brancos, finos e frágeis. É um alento. Mas logo escurece. E os olhos ameaçadores das dúvidas nos apalpam, frios e rijos.
Quisera ser como a águia, voar acima das nuvens, ter uma visão panorâmica da situação e refugiar-me nas montanhas sólidas da certeza. Mas o máximo que consigo é escalar a floresta de desculpas que plantei dentro de mim. São árvores que cresceram no decorrer de minha curta existência, que foram regadas dia a dia e fortaleceram-se. Seus caules ficaram grossos, resistentes e perdi-me em suas copas frondosas e agora quase morro de frio em suas sombras opulentas.
Preciso encontrar o mapa com todas as saídas possíveis e imagináveis. Mas, antes de voar, é necessário desmatar para enxergar o céu, acreditar e ser feliz.


Fernando Davila


FÁBULA

De intenção pedagógica, tem por objetivo transmitir  noções de moral e ética. Suas personagens geralmente são animais, a estrutura é simples e tem curta duração. Quando as personbagens são objetos inanimados, a fábula recebe o nome especial de APÓLOGO. Esse modo narrativo originou-se na GRÉCIA e perdura até hoje.
Seu criador foi um escravo chamado ESOPO, que usava essa alegoria para denunciar a opressão sofrida pelo trabalhador, mas sem ir de encontro com o senhor dos escravos.



O Avarento
Autor: Esopo[1]


Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim. E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até o ponto, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá. Ele fez tantas viagens ao local que um Ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o Avarento estava escondendo, veio uma noite, e sorrateiramente desenterrou o tesouro levando-o consigo.

Quando o Avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. Ele gemia e chorava enquanto puxava seus cabelos.

Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera.

"Meu ouro! Todo meu ouro!" chorava inconsolável o avarento, "alguém o roubou de mim!"
"Seu ouro! Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?"

"Comprar!" exclamou furioso o Avarento. "Você não sabe o que diz! Ora, eu jamais usaria aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer!"

Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio.

"Se é esse o caso," ele disse, "enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu!"

Moral: Uma coisa ou posse só tem valor quando dela fazemos uso.

O momento de cada um

CRÔNICA:  Trata-se de um texto híbrido, que nem sempre apresenta uma narrativa completa; e pode comentar, analisar e descrever de maneira leve os fatos do cotidiano.





      Deveria ser um sábado como outro qualquer, não fosse época de copa do mundo. Casas, fachadas de prédios e condomínios todos enfeitados  com as cores que colorem a honra desta pátria tropical. Churrascadas regadas a muita cerveja gelada. Amigos reunidos perto da piscina. Fogos, muitos fogos. A alegria era contagiante. Era a revanche contra a seleção francesa, aquela que em 1998 havia tirado o troféu das nossas mãos com três tiros certeiros de um franco atirador chamado Zenedini Zidanne. De fato, aquela tarde de sábado não era como os demais.  Todos os torcedores respiravam e transpiravam vingança. Ela viria. Cavalgando nas asas da esperança, vestida de verde e amarelo. Vestida para vingar.

       De repente o celular tocou. Olhei na bina. Era a minha sobrinha. Não deveria ser nada grave, ponderei. Mas era. Ligou me convidando para levá-la a um velório.A mãe de uma amiga havia falecido. Na hora pensei, da maneira mais egoísta possível, “vou perder o jogo. Justo agora? Por que esse defunto não escolhera uma hora mais apropriada para resolver refinar a rapadura?” Muito a contra gosto acatei a intimação e sai para o meu compromisso fúnebre. Eu não conhecia  o defunto, mas isso não tornava o nosso deslocamento até o local menos pesaroso.

         Quando chegamos à capela , havia um movimento considerável de carros e transeuntes. A consternação era total. Havia mais pessoas lamentando a ausência física de outros entes queridos que também haviam partido sem querer.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         À entrada, dois Querubins com suas cornetas pareciam tocar para despertar aqueles que dormiam sem sonhar. O brilho das lajotas contrastava com a ausência de vaidade entre aqueles que choravam. Abraços apertados tentavam amenizar a dor que vinha de dentro, dilacerante, aguda, fria. As palavras eram poucas para consolar, então o calor dos corpos unidos fazia era um remédio quase eficaz.

           Enquanto a minha sobrinha cumprimentava a família enlutada, eu fiquei caminhando por entre as pessoas. Naquele momento pensei que deve ser verdade mesmo que todo encontro com a morte é inesquecível, porque  deixa marcas profundas de uma dor intensa e inconfundível, a dor da perda. Choramos quando perdemos, porque Deus nos criou para sermos vencedores. Por mais que tentemos administrar as subtrações em nossa curta existência, o gosto amaríssimo da derrota nos faz enxergar o quanto somos limitados e finitos.

            Perto do salão principal havia um tanque onde peixes ornamentais nadavam de um lado para outro, alheios à despedida  que acontecia . Subiam à superfície, comiam a ração e voltavam ao marasmo de sua vida pisciana. Ali não havia predadores, portanto, não havia motivos para preocupação.

             De repente, no condomínio ao lado, os fogos começaram o seu espetáculo barulhento e acinzentado. Gritos eufóricos invadiram o ambiente de dor . Ante aquele acontecimento, percebi que duas realidade se encontravam  da maneira mais sórdida possível. De um lado, a dor dos que haviam perdido os seus queridos e do outro lado do muro, a alegria daqueles que esperavam uma vitória que não viria. Duas multidões. Uma chorava os seus mortos. A outra choraria o fracasso de uma revanche maldafada. A seleção canarinho também seria abatida, não por uma foice, mas por um torpedo saído dos pés de um discípulo de Zidanni chamado Thiery Anry.  A França mais uma vez mostraria que o Velho Mundo não se renderia à pátria de chuteiras.

           O que há de comum nas duas situações? A vida é um grande jogo que não dura apenas noventa minutos. Todos participam dessa partida. Dão sangue, literalmente. Mas não há substituições. Cada um  deve jogar exatamente o tempo que lhe for determinado.. Não há prorrogações e o cronômetro não pára. Não existe bola fora. Córner. Lateral. Todas as bolas e jogadas, todos os lances devem ser aproveitados. Nesse jogo não se pode dar ao luxo de administrar bolas perdidas. Cada um joga a seu modo e quem não aproveita os lançamentos, corre o risco de abandonar a partida antes da hora prevista.. Voltei para casa com a alma chorosa.  Para a seleção brasileira o jogo havia acabado e o sonho de estar no topo, adiado. Mas a minha partida e a de muitos outros jogadores anônimos continuava.  O tempo é de fato  inexorável. O que nos resta é jogar e aguardar a voz do TREINADOR nos mandando descer para o vestiário.  Enquanto isso não acontece, Olé!!!



                                                               Fernando D’Ávila

                                                                         02/08

Um dia de MERDA!

CONTO:  Trata-se de uma narrativa curta, densa, com poucas personagens e um único conflito, que se resolve em pouco tempo. O espaço também é definido, reduzido.  Geralmente apresenta narrador-onisciente.


Aeroporto Santos Dumont, 15:30 . Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas . Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. ” Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo .” O avião só sairia as 16:30.
Entrando no ônibus, sem sanitários . Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”
Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda . O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:
“Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista .” Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele . E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado .
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada . Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal .
Mas sem dúvida, a situação tava tensa . Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério : ” Cara, caguei.” Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou – me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle . ” Que se dane, me limpo no aeroporto ” – pensei . “Pior que isso não fico .” Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte . Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda . Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que e lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés . E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade . E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado . Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa . E me caguei pela quarta vez .
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca , mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pelos do rabo junto . Mas era tarde demais para tal artifício absorvente . Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada .
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco . Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, né ?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço ) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia .
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o ” check-in ” e ia correndo tentar segurar o vôo . Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte . Ele tinha despachado a mala com roupas . Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus .
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis . Minha cueca , joguei no lixo . A camisa era história . As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10
Teria que improvisar . A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnifica máquina de lavar . Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água..
Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu . Estava pronto para embarcar . Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calcas do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa . Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando ” O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria . A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo . Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: ” Nada , obrigado . Eu só queria esquecer este dia de merda !!! “

OBS: NÃO SE SABE AO CERTO QUEM É O AUTOR DESSE CONTO. ATRIBUIU-SE A AUTORIA A  LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO, MAS É POUCO PROVÁVEL QUE UM ESCRITOR  DESSA MESTRIA  TENHA ESCRITO TAL ODISSÉIA.

RÍMEL SECA?


   Marijane, Tereza e Fernanda são três professoras espetaculares. Bem articuladas, jovens, bonitas e bem sucedidas profissionalmente e na vida pessoal. As três têm um senso de humor formidável, principalmente a professora de biologia, Fernanda. Adora rir de coisas “mal feitas”.

   Um dia, no intervalo das aulas, enquanto eu corrigia um texto, ouvi uma pergunta, no mínimo, intrigante. Voltei à realidade com uma delas perguntando a outra: “Seu rímel seca?”  Confesso que achei muito engraçado o questionamento. A adolescente adormecida despertara com força total. Aquela dúvida precisava ser sanada, senão ela faria análise para o resto de sua existência. Olhei rapidamente  e havia uma ruga de preocupação em sua testa. A pergunta causava ecos, reverberava em minha cabeça: “Seu rímel seca, seca, seca, seca....?”

   Ri por dentro e por fora e confesso que fiquei feliz pela inocência de sua pergunta pueril. Quais  seriam as outras dúvidas que martelariam aquele cérebro encantadoramente feminino?

    Fiquei imaginando a voz rouca de Tereza com um forte sotaque carioquês perguntando:

“Seu isssmalte dissscascan?”

“Quantas vezes você desbasta sua sobrancelha?”

“AI, menina, num agüento essa dor no meu  joanete.”

 Coisas do universo feminino que soam tão triviais aos ouvidos  masculinos.

O que faz uma mulher ficar sentada em uma cadeira de cabeleireiro por horas com os pés mergulhados em uma bacia com água e sabão, pedaços de algodão no vão dos dedos, cabelo dividido ao meio lembrando a figura bizarra do Bozo ou da vovó Mafalda?

A hora da escova mais parece uma sessão tortura. Pequenas madeixas divididas por piranhas (que se diga de passagem, são muito feias e de extremo mau gosto). Elas jamais teriam a ousadia de sair assim às ruas, mas dentro do salão é como se estivessem em sua própria casa. Aquele motorzinho do secador borrifando um vento quente parecendo uma boca de lobo em época de inverno, queimando o couro cabeludo e fazendo as mulheres puxarem a cabeça como se estivessem dormindo de mal jeito.

Ah, mulheres. Deus conhecia sua vaidade e por isso as criou com essa alma sensível e narcisa.

Voltando à Tereza, ficamos todos sorrindo de sua pergunta e então ouvi Marijane dizendo: “Quer ver como o Fernando já vai escrever alguma coisa sobre o fato?” Acertou, minha amiga. Escrevi, viajei, mas não descobri ainda se rímel seca. Você que é mulher e vaidosa, seca ou não?